quinta-feira, 27 de março de 2008

BRUCE DICKINSON- NÃO SOMOS UMA BANDA QUE VIVE DE PASSADO


Sobre a banda estar revisitando o set do "Powerslave" na atual turnê:
Bruce: “Dissemos que iríamos fazer isso há cinco anos. Nós definidos um planejamento de 10 anos há cinco anos atrás sobre o que iríamos fazer e estamos seguindo isso – ao pé da letra, pra dizer a verdade. Quando eu retornei à banda, nós dissemos, ‘vamos sair e tocar o material antigo como uma turnê de reunião, de aquecimento, e então iremos nos juntar e fazer um álbum realmente bom.’ E todo mundo fez, ‘Ahhhh, tá certo, todos dizem isso’. E nós fizemos, ‘Não, não, não - a gente está falando sério.’ Nós lançamos o ‘Brave New World’, fizemos a 'Brave New World' tour, e foi um sucesso tremendo. Então voltamos e fizemos o ‘Dance of Death’ e a ‘Dance of Death’ tour, e foi um sucesso ainda maior. E aí a gente disse: ‘Olha, a propósito, depois da próxima turnê nós vamos trazer o Powerslave de volta, mas essa próxima será toda sobre o novo material’. Daí, ‘A Matter of Life and Death’ foi lançado – com enorme sucesso no mundo inteiro, mas com um pouco de controvérsia por causa de algumas pessoas que não iriam gastar seu dinheiro pra comprar o álbum..."
"É duro. Nós não somos uma banda que vive do passado, não somos um arquétipo... Bem, não um arquétipo – quer dizer, na verdade somos um arquétipo – mas não somos arcaicos nesse sentido, de que somos um fóssil velho, de ficar revirando os ossos de músicas velhas por aí. O que você vai ver hoje a noite não é só uma celebração de muitas dessas músicas, é uma celebração de muitos jovens, novos fãs que nunca tinham nos visto tocar essas músicas. Mas a razão pela qual temos esses novos fãs não tem nada a ver com a nossa história, tem a ver com os novos álbuns que fizemos nos últimos três ou quatro anos. Provavelmente isso seja menor nos Estados Unidos do que em outros locais do mundo, mas no mundo inteiro esse é o caso. Então, se poucas pessoas estão atrás no tempo, é duro – mas eles foram deixados pra trás. O resto do mundo está avançando numa velocidade alucinante. Testemunhar 50.000 pessoas na Cidade do México e daí por diante – através da América do Sul, da Europa... As portas estão sendo derrubadas quando se trata de IRON MAIDEN agora".
Sobre planejar vários anos adiante e anunciar datas de turnês aos poucos e não de uma vez só:
Bruce: “Como eu digo, há vários tipos de planos. Quando nós voltamos, dissemos que iríamos fazer isso, e fizemos, e então dissemos que iríamos fazer isso, isso e mais isso, e cumprimos tudo. É a mesma coisa de quando divulgamos as datas para o oeste dos EUA. Nós dissemos: ‘Aqui está a parte um das datas’ e então divulgamos as datas para o oeste dos EUA. E o que a gente ganha? A gente ganha um bando de babacas do Blabbermouth que não sabem ler inglês que ficam [adotando a tonalidade vocal de um fã de heavy metal idiota] ‘Poxa, eles só irão fazer quatro shows nos EUA,’ porque eles não sabem ler inglês. Bem, você sabe, por aí vai".
"Então, para aquelas pessoas que acham que as pessoas só estão comparecendo porque estamos tocando o ‘Powerslave’, eu tenho isso a dizer, ‘Pense de novo, provavelmente você é desse tipo de pessoa que não sabe ler.’ E para essas pessoas, claro, eles podem aparecer no show de Nova Iorque em 14 e 15 de junho no PNC e no Madison Square Garden – eu acho – e alguns outros lugares também. Nós iremos tocar em Chicago, só pra perturbar as pessoas que não estão em Chicago; Cleveland, pra realmente irritar quem não mora em Cleveland; Boston... Ahhh, você sabe que Shreveport está indo a loucura enquanto nós falamos, ‘Onde será nosso show?’ E Washington e alguns outros lugares, alguns dos quais eu devo ter me esquecido.”
Sobre colocar 100% em tudo que fazem e manter o fãs felizes:
Bruce: “Tentamos não decepcionar as pessoas. Não somos um Reality Show. Grande parte da mídia está hoje em dia quase exclusivamente obcecada com o culto à personalidade, não com o culto do conteúdo de uma mensagem. E o IRON MAIDEN não é sobre celebridade – IRON MAIDEN é apenas sobre conteúdo. Então, as pessoas que se preocupam com aquele tipo de coisa, em que há uma grande... provavelmente grande... maioria, minoria... de qualquer modo, um monte de gente... pode vir para o nosso show e ter algum tipo de descanso dos filmes pornôs amadores, modelos da Playboy e boatos e todos os tipos de porcaria que são mascaradas para preencher e ordenar o vazio que invade nossas vidas diárias – você gostando ou não”.

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